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5 de julho de 2011

Estudar música: diversão ou obrigação?

Antigamente dizia-se que músico era aquela pessoa que não quis estudar, então tornou-se músico.
Não sei se felizmente ou infelizmente, mas, para todas as profissões que dependem de habilidades inatas, sempre existirão os que nunca precisaram estudar para fazer aquilo muito bem. Atualmente observamos este fenômeno em várias áreas, não só as artísticas, mas também nas áreas ligadas aos computadores, onde temos noticiado “gênios” da informática, hackers e outros em tenra idade. E devido a esta geração “on line”, a quantidade de autodidatas tende só a aumentar.
Voltando à música, que o seu estudo virou obrigação, é fato. Regulamentado por lei (lei federal nº11769/08), o que se pretende é melhorar a qualidade do ensino em geral e propiciar a todos o direito de conhecer o básico do básico da música.
Ótimo! Todos aprenderão música. Mas para ser um músico de verdade o caminho é longo. Basta saber que para entrar no curso de Música de uma  boa Universidade, você já tem que ser praticamente um músico formado. É como dizer que para entrar na Escola de Medicina você já tenha que ter exercido a medicina por pelo menos 3 ou 4 anos.  Então já é possível responder a pegunta: estudar música é diversão ou obrigação?
A resposta é:  todos podem juntar o útil ao agradável. Mas, aquele que coloca o aprendizado da música no nível só de terapia ocupacional para a criança que fica muito tempo diante da televisão ou do computador, pode precisar de disciplina e firmeza para manter seu objetivo, pois ao contrário de outras atividades, aula de música, principalmente de um instrumento musical, demanda treino em casa e sem ele o progresso é quase nulo;  e sem o progresso, o desânimo e a desistência são as próximas ocorrências.
O professor de música somente abre as portas para que o aluno desvende seu próprio universo musical. O apoio dos pais no sentido de incentivar e cobrar ( por que não?) os treinos e não deixar que as aulas “corram soltas” sem nenhuma obrigação, é importante como nas aulas de matemática, português ou ciências. O (talvez) futuro músico agradecerá.

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